Eu faço o mesmo, lhe jogo um sorriso tentando não mostrar o que por dentro de mim já não dói tanto, não dói porque se tornou vazio, abandonado. Por mais vazio e abandonado que seja o sentimento me segue, não sei fugir, só sei que não dá mais pra levá-lo. Ele me desconcerta e eu o amo.

Foram os olhos pretos mais bonitos que os meus já puderam fitar.

Preciso saber que dia e que horas ele passa por aqui.

São Paulo 16 de dezembro de 2009

Era distante e um pouco tarde
acho que não pude alcançar,
na verdade nem sei ao certo se cheguei a tentar
Mais era lá, e eu só podia ver sem sentir
eu só podia sonhar.
Nessa hora a minha imaginação o alcançava,
e era meu o seu amor, era aqui o seu lugar.
Mais uma hora em que meus pés
pousaram o chão, tive que do sonho despertar.
E voltei a de longe ao lugar que sonhei,
Só observar.

Olho lá fora, é tudo tão calmo e tão lento
parece ir de acordo com o tempo.
Olho aqui pra dentro
parece que me perco.
É o alvoroço no meu peito
que não passa nem com o vento.

Oh sonhos, porque morres?
de maneira tão ardente e febril
da maneira que tu foges
Oh sonhos, nem me viu!

Mais uma noite, mais um copo, um pouco mais e eu te esqueço.