segunda-feira, 30 de maio de 2011

Agente se apega a pessoas que cativam o nosso amor, e quando elas plantam flores no nosso coração agente quer amar elas dos pés a cabeça e se for possível todo dia ver um sorriso, ser for possível colocar ela lá na nossa infância pra sentir aquele amor inocente, se for possível pagar um café toda manhã , se for possível guardar no bolso e amar amar, amar até o fim.

É inteiramente surreal a sensação de entrar na loja de móveis antigos e ver que o seu gosto pra móveis antigos é o mesmo que o meu. Eu acabo me sentido uma criança anestesiada de sonhos ouvindo você falar onde vai ficar legal por eles na sala, me causando lentamente um frio na barriga, as incriveis borboletas da ansiedade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aí a gente fica descalço na vida, na rua.
A gente quer voar sem os sapatos,
sentir o ar correr entre os dedos e os cabelos.
A gente quer arder, não só na carne.
A gente quer arder na alma.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coisas quadradas.




Uns ouvem vinis, outros preferem silêncio. Da janela ambulante, acompanho as janelas paradas. Outra vez já estive lá em uma delas, e em varias janelas muita coisa acontecia, tinha gente se amando, outras brigando, tinha gente chorando, gente sofria. Alguém pra nascer, alguém pra morrer, umas com cheiro de café, outras vazias. Janelas da solidão, janelas cheias de vida.

Meu novo outono doce

Agora dei de ficar falando de amor e não de dor, dei de ir ao mercado faltando dez minutos pra ele fechar, de ficar enrolando pra escolher o vinho e acabar levando o que a gente sempre bebe, de pegar o ônibus pro centro, meio atrasada, de chegar e ficar com frio na barriga de ver você me esperando, de ir a algum bar, escolher a cerveja e o quente, de escolher algumas musicas na jukebox, de ir até o viaduto Sta Efigenea , sentar na calçada, beber o vinho que eu levei , de fumar vários cigarros e reclamar do frio, de mijar na rua enquanto você fica olhando quem vem, de andar meio torto, de olhar pro relógio e ver que ta tarde e ficar pensando em quanto o tempo passa rápido quando estamos juntos, de tentar me despedir meio sem querer, de mudar meu rumo porque você me convenceu a ir com você sem muito esforço, de pegar o trem e andar até sua casa, de levar o colchão pra sala e ver algum filme, de beber um vinho da sua mãe, de ficar com sono, de deixar meus discos com você pra gente ouvi porque minha vitrola quebrou, de colocar suas roupas largas e ficar com elas por pouco tempo, de ir dormir só quando amanhece ouvindo Elis, Tim Maia e Chico Buarque, de acordar de ressaca e beber coca cola, de passar a tarde na cama recebendo suas cóceguinhas e mordidas, de ver que ta escurecendo e ficar triste de ter que me despedir de você, dei de voltar pra casa e esperar.