Às vezes eu acho que os gatos não olham muito para o céu.
Porque se o olhassem, quando uma lua se punha ou uma estrela passasse , eles as
tentariam pegar. Porque quando uma fita de cetim roda no ar eles a buscam até
sua ultima vida das setes. As vezes quisesse a vida passar, assim como quem só
acorda e faz o dia secar, no calendário da vida e não ser o que queria pra si.
Eu acho que a que gente precisava viajar, do jeito como quem não tem data certa
pra voltar. Como quem deita na rede e vê
o céu escurecer e suas estrelas a piscar. Um gato que não busca a lua e eu que
teimo a querê-las, o que será de nós? O que será? Magina, se eu soubesse que
teria sete vidas, e na última delas descobrir que quem busca a lua, busca aquilo que dá no peito, e é bom. E nem telhas, nem telhados, nem bolinhas de lã poderia ser igual.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Um dia alguém me disse que seria o meu pássaro, o meu
pássaro bem grande que me protegeria debaixo das asas, bobagens. Eu escolhi
partir e assim meu pássaro desencanou de me proteger. De que medo tenho me
protegido? E se eu ficasse dessa vez?. Me conforta essa ideia de eu sempre
poder mudar as coisas. E se eu ficar pra ver aonde vai dar toda essa coisa?
Ficar também é escolha? A noite calada e a velha lua que sorri me olham, tá eu
fico.
Façamos do nosso peito partido uma colcha de retalhos,
juntemos cada pedaço quebrado e quando for possível sorrir novamente com a
doçura de antes, deitemos sobre a colcha, descansemos. E se for preciso nos esconderemos
debaixo dela até que as coisas que nos afastam lá fora, evaporem.
Assinar:
Postagens (Atom)